quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Interesses do Iguaçu
Eu tenho dito que o rio Iguaçu é dividido entre diferentes interesses. No baixíssimo rio Iguaçu, região de Foz do Iguaçu - Puerto Iguazú, quem manda é o interesse turístico. Usa-se um monte de palavras estranhas. Chamam as Cataratas de "destino", de "atração". O rio é uma excursão. Das Cataratas para cima, até a desembocadura do rio Gonçalves Dias,o interesse é da "conservação", ou dos órgãos de conservação como Ibama e seu sócio recente batizado de Instituto Chico Mendes.
Logo após a desembocadura do rio Gonçalves Dias, até o médio Iguaçu, o rio Iguaçu é visto como gerador de energia elétrica e assim é domínio da Copel. É uma extensa área de domínio do interesse da energia como "comodity". O rio Iguaçu é represado para gerar energia em várias hidrelétricas. Eainda pode-se construir mais uma.
Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Iguaçu significa "água" como commodity, a "água negócio". O órgão (empresa) que congrega os interesses se chama SANEPAR. Minha neta de oito anos, na RMC me disse um dia que a Sanepar protege os rios. É o que as crianças aprendem nas escolas e nas campanhas de "educação ambiental". Paradoxicamente, a Sanepar (e ela não está só) fornece água e trata esgotos. Esgotos que vão para a água que vai tratar. Limpa-suja-limpa-suja e assim eternamente. Quem passa de trem, verá uma região preservada e bonita. Mas para onde quer que se olhe, a Sanepar está presente. A foto mostra uma das estações de tratamento em Piraquara. Ao longo do trilho, em um recanto mais escondido. Uma das placas avisa sobre o perigo de gás metano. Claro que há Copel e Sanepar em Foz e em todo o Estado. O que difere é o tamanho da influência e do poder. É o tamanho do que os americanos chamam de "clout".
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Um comentário:
água tratada na torneira você que né?
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